segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Às vezes eu tenho certeza que eu quero mesmo ser jornalista. Às vezes não. To nessa vez agora. Desde que me mudei para cá, todo mundo me diz que eu sou inteligente, que eu cheguei em Brasília, que muitas pessoas gostariam de estar no meu lugar nesse momento. (Dai-me paciência,k Nossasenhoradasilusõesperdidas!)

- Mas você só tem 24 anos e já está trabalhando como jornalista em Brasília? Isso é maravilhoso, sinal que você tem talento, leva jeito para a coisa.
- Maravilhoso para quem mesmo cara pálida? - não resisto a perguntar. Brasília é uma cidade de pessoas solitárias e é assim que eu estou desde que me mudei. Talvez eu realmente precise de um pouco mais de tempo para me acostumar, vai fazer um ano ainda.
- Mas esse sacrifício está valendo a pena, diz outro grande inventor da roda. E mais uma vez eu não resisto.
- Ah é? Para você que mora no Recife, uma cidade com alma. Que tem seus amigos no bairro do lado, que tem praia e que pode comer carangueijo quando quer, né?
Eu sinceramente não sei se está valendo a pena esse sacrifício todo. Mas eu sempre penso que tenho que aguentar mais um pouco e um pouco mais. Porque disseram para mim quando eu nasci, que ser profissional é coisa mais importante que uma menina deve ter.
Não quero ser rica, quero ter dinheiro para pagar o uísque nosso de cada dia e fazer umas viagens de vez enquando. Preciso sofrer assim?!